O bolo de casamento é uma peça fundamental da cerimônia. Os noivos têm de ser fotografados a cortá-lo. Essa é também a hora do brinde com champagne, que irá celebrar a união, e por isso, e há quem diz: Eu só vou embora depois de comer o bolo. Há casais que guardam para o corte do bolo o Grande ápice do seu casamento, mas é bom sempre ter bom senso e o importante mesmo, e cada um escolher o modelo de bolo que mais se identifique, aquele que mais se adapta ao orçamento do casal, uma vez que estamos falando de uma valor que pode sofre uma variação muito grande com relação a arte e sabores escolhidos assim como o local onde encomendá-lo, e aqueles que simplesmente cumprem com a tradição do bolo a ser cortado.
Hoje o bolo tem de ter um belo par romântico, vestido a rigor, no topo e de preferência que se identifique com os noivos, seja na aparência, nos detalhes.
Na época medieval, em Inglaterra, em vez de um bolo de pão havia vários bolos (doces) menores. Eram trazidos pelos convidados e empilhados uns em cima dos outros; cabia aos noivos tentarem beijar-se por cima da pilha. Se conseguissem seria um sinal de que teriam muitos filhos. Diz-se que assim surgiu o bolo de casamento em andares, como existe atualmente.
Mais tarde, no século XVII, surgiu a tarte da noiva que se tornou bastante popular no início do século XIX. Não era obrigatória nos casamentos, mas era muito comum nas cerimônias mais modestas. Era uma tarte com recheio de pão doce, ou de carne, como uma espécie de empada gigante. Lá dentro tinha um anel de vidro. A convidada que encontrasse o anel seria a próxima a casar.
No fim do século XIX, o bolo de casamento tornou-se usual. Chamava-se bolo da noiva, para mostrar que o mais importante no casamento era a noiva. No início, os bolos só tinham um andar, e eram, normalmente, de ameixa. Mais tarde surgiram os bolos cobertos com açúcar refinado. À época, os ingredientes não se encontravam facilmente, especialmente os da cobertura. Mas, uma cobertura branca significava que era feita do melhor açúcar. Assim, as famílias eram consideradas mais influentes, quanto mais branco fosse o bolo. Na época Vitoriana, esta cor passou a ter uma conotação simbólica: a da pureza e virgindade.
Uma das tradições atuais é a de os noivos cortarem a primeira fatia do bolo em conjunto. Ou melhor, a noiva corta e o noivo ajuda, com a sua mão na dela. Simboliza a primeira tarefa na vida do casal. Originalmente, era um dever da noiva cortar o bolo para partilhar com os convidados. Quando os bolos ficaram maiores, isto tornou-se muito difícil, principalmente com os primeiros bolos de andares, porque a cobertura era muito dura para suportar os andares de cima. Tornou-se, então, uma tarefa conjunta mais por necessidade do que por simbolismo. Em Portugal, a primeira fatia é para os padrinhos. Nos EUA, por exemplo, os primeiros a servir-se são os noivos que dão o bolo à boca um do outro, para simbolizar o compromisso que ambos assumiram.
No século XVII, surgiu a idéia de que as convidadas deveriam pôr uma fatia de bolo debaixo da almofada antes de se deitarem. Dizia-se que assim sonhariam com o futuro marido. Mas, um século depois, a fatia ficou reduzida a umas migalhas (que deveriam ser passadas pela aliança da noiva), e, novamente, colocadas debaixo da almofada. Afinal, o incomodo que fazem umas migalhinhas na cama é consideravelmente menor que a de uma fatia de bolo inteira... Esta tradição quebrou-se quando as regras da cerimônia impuseram que a noiva não tirasse, fosse por que motivo fosse, a aliança depois da cerimônia religiosa.
Um costume que perdura até aos nossos dias, principalmente em algumas zonas do Reino Unido e América, é o de guardar o último andar do bolo, congelando-o, para comemorar o primeiro aniversário de casamento. Esta idéia surgiu no século XIX, numa altura em que era comum, os filhos aparecerem pouco depois do casamento. Assim, o terceiro andar do bolo podia servir para o batizado.
Nos sítios onde o bolo é de composição diferente do nosso, feitos à base de massa escura, vinho, ameixas e frutas cristalizadas, uma herança britânica que chegou até certas zonas do Brasil, congelar para comer um ano depois pode até ser boa idéia: o sabor do vinho, diz-se, fica mais acentuado. No entanto, e pelo menos por aqui, talvez seja melhor esquecer esta tradição e, quem sabe, comprar um novinho.